Laços
Um cabo de aço é tão bom quanto o laço que é feito com ele. Laços para formação de olhais são feitos por trançamento ou prensagem. Presilhas de alumínio devem deixar a ponta à mostra para controle e devem ter a marca da firma que executou a prensagem, que normalmente é composta por duas letras.
A norma DIN 1142 prescreve que somente grampos com porcas auto-travantes e uma grande área de apoio podem ser utilizados. Todos os grampos devem ser montados de forma que o mordente se prenda a perna portante.
No mínimo 3 grampos são necessários (grampo pesado) para se fazer um laço com cabo de aço fino. Quanto maior o diâmetro do cabo mais grampos são necessários. Laços feitos com grampos devem ser usados apenas para uma única aplicação, devendo ser desfeitos logo após a utilização, para que não sejam utilizadas erroneamente.
Grampos construídos conforme DIN 741 (grampos leves) com porcas simples e pequena área de apoio, não são mais normalizados e não devem ser utilizados para movimentação.
Ultimamente a tendência é a de se fazer o olhal flamengo, que é feito a partir do próprio cabo. O olhal Flamengo é feito abrindo-se a ponta do cabo em duas metades, separando-se as pernas 3 a 3. Uma metade é curvada para formar um olhal, e em seguida a outra metade é entrelaçada no espaço vazio da primeira.
Mesmo antes de ser colocada a presilha de aço, o olhal já é capaz de suportar uma carga superior à carga de trabalho do laço. A presilha é de aço especialmente ensaiado e aprovado conforme rigorosa especificação.
Cintas
As cintas de movimentação são fabricadas a partir de fibras sintéticas. Com relação ao seu próprio peso, as cintas têm uma capacidade de carga e não prejudicam a sua superfície.
As cintas de poliester devem ter uma etiqueta azul para que sejam reconhecidas. Elas têm uma boa resistência quanto à luz e calor e também ácidos solventes. Elas têm também uma boa elasticidade, o que faz com que seja o tipo de cinta mais utilizada. Ela só não resiste à base e por isso não deve ser lavada com sabão.
As cintas de poliamida devem ter uma etiqueta verde de identificação e são resistentes à bases. A desvantagem das cintas de poliamida está no fato de que elas absorvem muita água em ambientes úmidos o que reduz sua capacidade. Esta acumulação de água pode também fazer com que em dias muito frios ela possa se enrijecer (congelar) e ficar quebradiça.
Cintas de movimentação feitas de polipropileno (etiqueta marrom) tem uma baixa capacidade de carga, levando-se em conta seu peso próprio, e são pouco flexíveis. Mas elas têm uma boa resistência química e são utilizadas em casos especiais.
O NYLON é a mais forte das fibras sintéticas e apresenta uma alta capacidade de absorção de força, além de excepcional resistência a sucessivos carregamentos.
Para utilização de cintas em banhos químicos, o fabricante deveria ser consultado para maiores esclarecimentos. As formas mais comuns de cintas são:
• cesto sem fim
• com olhais sem reforço
• com olhais reforçados
• com terminais metálicos
No caso de terminais metálicos, eles devem ser feitos de forma que seja possível passar um pelo outro para que se possa fazer uma laçada.
Devido ao envelhecimento das fibras, em especial quando usadas ao ar livre ou em banhos químicos, a data de fabricação das cintas deve estar na etiqueta. Para reduzir o atrito e para evitar cortes nas cintas podemos usar revestimentos com materiais sintéticos resistentes, em especial de poliuretano. Normalmente estes de perfis são ajustáveis à cinta.
Para utilização de cintas existem algumas regras especiais:
• Quando se eleva uma carga, o ângulo de abertura entre as pontas da cinta não deve ultrapassar 120º.
• Somente cintas com olhais reforçados podem ser utilizadas em laço.
• Para utilizar diversas cintas num travessão todas devem estar numa perna perpendicular para não haver esforço maior numa das pernas.
• As cargas não podem ser depositadas sobre as cintas para que não sejam danificadas.
• Não se pode dar nó nas cintas.
• Após utilização em banhos químicos, as cintas devem ser neutralizadas e enxaguadas para que não haja concentração química.
Segurança tabém requer Inspeção
As cintas devem ser examinadas em intervalos não superiores a duas semanas, quando usadas em levantamentos gerais de diferentes tipos de cargas.
1º. Coloque a cinta em uma superfície plana com área apropriada.
2º. Examine os dois lados da cinta.
3º. Cintas tipo Anel devem ser examinadas em todo seu comprimento e perímetro.
4º. As alças dos olhais devem ser examinadas particular e cuidadosamente.
5º. Todo equipamento deve ser examinado somente por uma pessoa, designada para esta inspeção.
10 itens para um levatamento seguro
1. Não exceder às especificações do fabricante, nas limitações de peso e estabilidade.
2. Nunca aplique uma sobrecarga no equipamento de elevação.
3. Uma operação suave e balanceada rende muito mais, além de evitar desgaste do equipamento e acidentes.
4. Nunca use cintas avarariadas.
5. Posicionar a cinta corretamente na carga, para propiciar uma fácil remoção, após o uso.
6. Não deixe a carga em contato direto com o piso. Coloque calços ao descarregá-la para melhor poder elevá-la.
7. Não posicione a cinta em cantos agudos ou cortantes.
8. Utilize ganchos com um raio de apoio nunca inferior a “1”, de seção lisa e redonda.
9. Evite a colocação de mais de 1 par de cintas, no mesmo gancho.
10. Quando elevar uma carga pesada com mais de uma cinta, verifique se o total do peso está bem distribuído na tensão dos vértices da cinta.
Formas de Levantamento
As cintas elevam e movimentam sua carga em qualquer uma das quatro formas diferentes de levantamento ilustrado. Algumas cintas são especificamente designadas para serem utilizadas em somente um tipo de levantamento.