Não existe uma fórmula comum a ser seguida. O que podemos indicar são procedimentos que, quando seguidos irão auxiliar muito as Equipes de Emergências. Sempre é imprevisível as situações que envolvem produtos perigosos. A diversidade de ocorrências nos procedimentos operacionais necessitam sempre de ações emergenciais previstas afim de restabelecer as condições normais de operação.
Basicamente podemos dividir a atuação em Emergências com Produtos Perigosos e Inflamáveis em alguns passos distintos:
Identificação do produto e seus riscos;
Proteção Pessoal;
Isolamento da área;
Salvamento de vítimas;
Contenção e Controle do produto;
Descontaminação.
Antes que se possam iniciar operações efetivas de reação em um acidente com materiais perigosos e inflamáveis, deve-se obter a maior quantidade de informações possíveis a respeito da identidade do produto como também do acidente. Utilizar a FISPQ do produto. Primeiro identifica-se o produto envolvido e depois se faz uma avaliação do que aconteceu, está acontecendo ou pode acontecer.
Uma ferramenta importante é a Análise Preliminar de Riscos sobre a atividade e produto. Com ela em mãos momento de uma situação de emergência, a equipe tem acesso a informações importantes para auxiliar na tomada de decisões.
A análise e verificação dos riscos envolvidos durante as emergências com produtos químicos perigosos são iniciadas assim que seja informada a BRIGADA de EMERGÊNCIA da existência de um acidente, e só termina após a cessação da situação de emergência. As emergências são sempre dinâmicas, elas mudam em questão de segundos, uma vez que dependem de inúmeros fatores, portanto a análise e verificação do risco são constantes durante toda a ocorrência.
O risco potencial deve ser imediatamente analisado para que as atividades do Grupo de Emergência possam ser dirigidas de maneira eficiente e eficaz.
Na análise de risco, o fator predominante é o BOM SENSO e o EQUILÍBRIO EMOCIONAL, que deverão prevalecer, a fim de que, atitudes corretas sejam tomadas, não colocando em risco desnecessário as pessoas, os bens materiais e o meio-ambiente. Infelizmente a única maneira de se ter BOM SENSO é raciocinar com clareza sem entrar em desespero, se possível lembrando-se sempre de experiências anteriores (sucessos ou fracassos).
Além do BOM SENSO e do EQUILÍBRIO EMOCIONAL devemos levantar dados importantes de uma emergência. Dados como:
Perigo potencial apresentado pelo produto químico;
Quantidade do produto envolvido;
Treinamento e conhecimento dos funcionários envolvidos;
Relação de perigo imediato para as pessoas, bens materiais e meio ambiente.
Em caso de Vazamento
Pequenos Vazamentos:
Lavar a área com grande quantidade de água.
Grandes Vazamentos:
Isolar a área;
Sinalizar o local;
Afastar curiosos;
Eliminar todas as fontes de ignição da área;
Impedir a contaminação de fontes, lagos e rios, através do uso de barreiras e dispositivos que possam confinar o produto;
Absorver com areia, terra ou outro material absorvente e recolher em embalagens apropriadas para posterior destruição;
Avisar imediatamente as Autoridades locais (Bombeiros, Órgão Ambiental, Defesa Civil, Polícia Rodoviária, …).
Em caso de Incêndio (Fogo):
Pequenas Proporções: Extinção por pó químico seco, gás carbônico, espuma mecânica ou água em forma de neblina. Acionar a equipe de Brigada de Emergência para dar início ao combate e extinguir o incêndio;
Grandes Proporções: Resfriar os tanques e recipientes de armazenamento e instalações próximas com água em forma de neblina ou outro sistema de combate a incêndio disponível e acionar o Corpo de Bombeiros imediatamente.
Em caso de danos ao meio-ambiente:
Impedir o escoamento do produto para rios, canais e poços.
AVISAR: 1) Corpo de Bombeiros ; 2) Órgão de Proteção ao Meio Ambiente.
Com envolvimento de pessoas, iniciar os primeiros socorros:
Remover a vítima para um local arejado. Retirar as roupas contaminadas;
Em caso de contato com os olhos, lavar com água em abundância, no mínimo por 15 minutos;
Em caso de contato com a pele, lavar as partes atingidas com água e sabão;
Em caso de ingestão: não provocar vômitos;
Se o acidentado estiver inconsciente e não estiver respirando, praticar respiração artificial ou oxigenação;
Chamar um médico;
Passar todas as informações disponíveis sobre o ocorrido no acidente e também com a vítima ao médico ou equipe de atendimento (SAMU, Bombeiros, …) 4.0 Procedimentos Básicos em Situações de Emergência com Inflamáveis