Proteção contra incêndio

As especificações dos equipamentos que devem ser instalados, a quantidade e sua localização são atribuição do Corpo de Bombeiros local, que normalmente já tem normas padronizadas a respeito, cabendo a aprovação do Projeto de Prevenção e Combate à Incêndio e Pânico (PPCIP) e posterior emissão do Laudo de Vistoria.

Conforme o tipo de edificação ou ocupação (destilaria ou refinaria, parques de tanques ou tanques isolados, plataforma de carregamento, armazéns de produtos acondicionados, etc) são previstos os correspondentes meios de combate a incêndio (extintores manuais, extintores sobre carretas, instalações fixas, semi-fixas, automáticas ou sob comando, hidrantes, etc). Para cada um destes meios de combate a incêndio são feitas várias exigências.

Abordaremos neste módulo, informações importantes e necessárias à prevenção e extinção ao princípio de incêndio, direcionada a todos que exercem atividades em qualquer tipo de instalações, sejam elas: residencial, comercial ou industrial. Situações que atinjam grandes proporções devem ser atendidas pelo Corpo de Bombeiros, pois exigem a aplicação de técnicas especiais de controle e combate, sendo necessário inclusive, um plano de abandono de área e/ou evacuação.

4.1 A proteção geral contra fogo divide-se em duas partes: a) A Prevenção; b) O Combate Eficaz. A prevenção ainda é a melhor solução para evitar maiores prejuízos e desastres no caso de explosões e incêndios.

O conhecimento das noções básicas de prevenção, desde que praticadas por todos, é o melhor caminho para evitar acidentes. Como exemplos de medidas de prevenção podemos citar:  Obedecer aos procedimentos de segurança e os manuais dos equipamentos;  Observar os avisos / sinalizações nos locais de perigo;  Proibir uso de cigarros e similares no local de trabalho;  Não deixar estopas sujas de óleo espalhadas;  Usar somente extensões elétricas em boas condições;  Armazenar os líquidos inflamáveis em tanques e/ou recipientes adequados, conforme NBR 17505;  Armazenar e descartar os recipientes, quando vazios, em locais adequados para evitar o derramamento de sobras em locais impróprios;  Manter a ordem e limpeza no local de trabalho;  Manter os acessos e saídas desobstruídos, principalmente as de emergência.

5.2 Quando, apesar da prevenção, ocorrer um princípio de incêndio, é importante que ele seja combatido de forma eficiente e segura para que sejam minimizadas suas consequências. A fim de que esse combate seja eficaz, deve-se:  Saber quais e como utilizar os equipamentos de combate a incêndio;  Saber avaliar o quadro: Incêndio ou Princípio de Incêndio, em caso de incêndio acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros;  Avaliar a melhor atitude a ser tomada.

5.3 TEORIA DO FOGO A QUÍMICA DO FOGO Lavoisier, um cientista francês, afirmou e demonstrou que o fogo é resultado de uma reação química entre o combustível e o oxigênio. A essa REAÇÃO QUÍMICA deu o nome de COMBUSTÃO.

MAS O QUE É REAÇÃO QUÍMICA? De forma bem simplificada, acontece quando duas substâncias diferentes são misturadas e dessa mistura surgem outras substâncias totalmente diferentes, aí temos a reação química. Exemplo: HCl + NaOH  NaCl + H2O Ácido Clorídrico Hidróxido de Sódio Cloreto de Sódio Água Neste caso, de duas substancias altamente tóxicas e perigosas, tem-se origem em outras duas que não representam nenhum risco: Sal de Cozinha (NaCl) e Água (H2O)

5.4 FOGO É o resultado de uma reação química denominada combustão, onde ocorre a decomposição de uma substância sólida, líquida ou gasosa, em presença de um gás comburente (oxigênio), liberando energia em forma de luz e calor.

A reação química COMBUSTÃO é representada por um TRIANGULO. Cada lado do triangulo representa um elemento indispensável para que haja a combustão:  O COMBUSTÍVEL;  O COMBURENTE;  O CALOR; calor reação em cadeia

LEMBRE-SE O TRIANGULO é apenas uma figura que é usada de forma didática para facilitar a compreensão do fenômeno. O importante é não se esquecer de que o fogo é resultado de uma REACÃO QUÍMICA entre combustível e o oxigênio, com a participação do calor (FONTES DE IGNIÇÃO). As FONTES de IGNIÇÃO como nós já vimos no Módulo I, são as grandes causadoras dos sinistros. E para que possamos prevenir as ocorrências de Incêndios e/ou explosão, devemos sempre ter o controle e evitar que as mesmas entrem em contato com os produtos inflamáveis

5.5 Calor O calor é responsável pela produção de vapores inflamáveis nos corpos combustíveis. A temperatura que vai provocar a produção dos vapores inflamáveis e varia de um combustível para outro. Formas com a qual se adquire o CALOR (FONTES DE IGNIÇÃO): • Atrito; • Reação química; • Energia elétrica ou estática; • Raios; • Radioatividade.

O calor é o componente que serve para dar início ao fogo. Ele que mantém e que incentiva a sua propagação. Os combustíveis em geral, precisam ser transformados em gases para queimar, e a quantidade de calor necessário para vaporizá-los varia de corpo para corpo.

Assim, a gasolina vaporiza a temperatura bem baixa, enquanto que a madeira, o carvão, etc…, exigem muito mais calor, e assim sucessivamente. Variando o calor, podemos vaporizar quase todos os combustíveis. Por outro lado, a temperatura de vaporização do combustível não é suficiente para queimá-lo, pois, para isto, precisamos após a vaporização, submetê-los a uma FONTE DE IGNIÇÃO, até que atinja o seu Ponto de Fulgor, que varia de acordo com o tipo do combustível.

5.6 MÉTODOS DE TRANSMISSÃO DE CALOR

5.6.1 IRRADIAÇÃO É a transmissão de calor por meio de ondas. Todo corpo quente emite radiações que vão atingir os corpos frios. O calor do sol é transmitido por esse processo. São radiações de calor as que as pessoas sentem quando se aproximam de um forno quente. Ondas caloríficas que se transmitem através do espaço.

5.6.2 Condução A propagação do calor é feita de molécula para molécula do corpo, por movimento vibratório. A taxa de condução do calor vai depender basicamente da condutividade térmica do material, bem como de sua superfície e espessura. É importante destacar a necessidade da existência de um meio físico.

5.6.3 Convecção É uma forma característica dos fluídos. Pelo aquecimento, as moléculas expandem e se elevam, criando correntes ascendentes a essas moléculas e corrente descendente às moléculas mais frias.

Poço do elevador Janela aberta Incêndio secundário Incêndio primário

É um fenômeno bastante comum em edifícios, pois através de aberturas, como janelas, poços de elevadores, vãos de escadas, podem ser atingidos andares superiores. Este fenômeno pode ocorrer tanto no plano vertical como no plano horizontal. É o processo de transmissão de calor, que se faz através da circulação de um meio transmissor, gás ou líquido. É o caso da transmissão do calor, através da massa de ar ou gases quentes, que se deslocam do local do fogo, podendo provocar incêndios em locais distantes do mesmo.

A proteção contra incêndios, decorrentes de calor transmitido por convecção é feita de forma a não deixar acumular ar ou gases quentes em locais que possuam combustíveis, principalmente os de baixos pontos de ignição.

O fenômeno químico do fogo é uma reação que se processa em cadeia. Após a partida inicial é mantida pelo calor produzido durante o processamento da reação. Assim na combustão do Carbono (C) para a formação de Dióxido de Carbono (CO2), temos a seguinte reação: (calor) C(g) + O2(g) CO2(g) + ENERGIA Combustível Comburente A cadeia de reação formada durante o fogo, propicia a formação de produtos intermediários instáveis, principalmente radicais livres, prontos para combinarem com outros elementos, dando origem a novos radicais, ou finalmente a corpos estáveis.

Consequentemente nas áreas de fogo, sempre temos radicais livres, a quem cabe a responsabilidade de transferência de energia química em energia calorífica, decompondo as moléculas ainda intactas e, desta maneira, provocando a propagação do fogo.

Concluímos que são quatro as condições para que haja fogo, levando em consideração o “TETRAEDRO DO FOGO”. Portanto, basta retirar um dos lados do tetraedro do fogo e ele se extinguirá. PORTANTO SÃO QUATRO OS MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS:  RESFRIAMENTO;  ABAFAMENTO;  RETIRADA DO MATERIAL;  EXTINÇÃO QUÍMICA.

5.7 Combate Ao Fogo

Compreende o emprego da técnica e tática corretas no momento que surgir o incêndio. TÉCNICA: uso do equipamento correto. TÁTICA: obter maior proveito do equipamento.

5.8 Atendimento a Emergências com Produtos Perigosos:  Avaliação da situação;  Avaliação da direção do vento;  Identificação do produto a distância;  Isolamento da área;  Solicitação de apoio;  Determinação das ações iniciais de emergência.

5.9 Distâncias de segurança e delimitação da área de risco Área de isolamento inicial Área de segurança Distância a favor do vento Direção do vento ½ distância a favor do vento ½ distância a favor do vento

5.10 Controle de Áreas – Zonas de Trabalho Zona morna Zona fria Zona quente Perímetros de segurança Área de atenção médica de emergência Posto de comando Corredor de descontaminação Área de reabilitação Operações defensivas Saída de emergência Direção do vento

5.11 RESFRIAMENTO Corte no fornecimento de calor: RESFRIAMENTO. Exemplo: sopro sobre uma vela. Obs: É o método de extinção mais empregado. Consiste em roubar calor mais do que ele é produzido na combustão, até que o combustível fique abaixo do ponto de fulgor.

5.12 ABAFAMENTO Corte do fornecimento de O2 (oxigênio): ABAFAMENTO. Exemplo: Tampar uma vasilha. Observação: É um dos métodos mais difíceis: necessita de aparelhos e produtos específicos.

5.13 RETIRADA DO MATERIAL Corte do fornecimento do combustível: Exemplo: corte do gás do fogão. Observação: É o método mais simples, exige força física, não precisando de aparelhos especializados.

5.14 Extinção Química Os pós-químicos (espuma química) utilizados na extinção de incêndios eram considerados como abafantes, devido ao CO2 gerado quando de sua modificação na presença do calor. Mas não era satisfatoriamente explicada esta ação de abafamento, porque as experiências indicam que os pós são mais eficientes que o próprio CO2.

5.15 Classificação dos Incêndios QUANTO AOS MATERIAIS COMBUSTÍVEIS

MÉTODOS DE EXTINÇÃO: RESFRIAMENTO

5.15.1 Classe “A” São aqueles cujo combustível queima em superfície e profundidade, deixando resíduos sólidos após a queima (cinzas). São os mais frequentes, e por queimarem em profundidade, requerem um trabalho bastante cuidadoso. Como exemplos, poderíamos citar os combustíveis sólidos (madeira, papel, palha, tecido, etc.).

MÉTODOS DE EXTINÇÃO: ABAFAMENTO

5.15.2 Classe “B”  São aqueles que queimam apenas em superfície, como por exemplo, os líquidos inflamáveis (gasolina, etanol, querosene, óleo diesel, tintas, etc), os gases inflamáveis (acetileno, gás liquefeito de petróleo – GLP, etc) e os colóides (combustíveis pastosos, como graxas, etc);  Queimam em superfície – nunca em profundidade;  Não deixam praticamente nenhum resíduo quando queimados.

MÉTODOS DE EXTINÇÃO: Desligar a energia elétrica e tratá-los como classe A e B, Resfriamento ou Abafamento .

5.15.3 Classe “C” São os incêndios que ocorrem em aparelhos elétricos energizados. Este tipo de incêndio, após deligada a energia elétrica, podem ser combatidos como outra classe de incêndio (geralmente classe “A”).

MÉTODO DE EXTINÇÃO: Abafamento ou Extinção Química.

5.15.4 Classe “D” São aqueles que ocorrem em ligas metálicas combustíveis (metais pirofóricos). Para esses incêndios se faz necessária a utilização de agentes extintores específicos. Como exemplos de combustíveis encontrados em incêndios desta classe podemos citar: as ligas de magnésio, potássio, alumínio em pó, zinco, sódio, entre outros.

5.15.5 Substâncias radioativas  Urânio, rádio, césio, cobalto,… OBS: os brigadistas devem estar munidos de EPI’s especiais para radioatividade. MÉTODO DE EXTINÇÃO: Extinção química com PQS especial.

5.16 Agentes e Aparelhos Extintores Agente Extintor é toda substância que aplicada ao fogo, interfere em sua reação química, provocando a descontinuidade de um ou mais lados do tetraedro do fogo, alterando as condições para que haja incêndio. Os agentes extintores podem ser encontrados nos estados sólidos, líquidos ou gasosos. Existe uma variedade muito grande de Agentes Extintores.

Nesse módulo citaremos apenas os mais utilizados. Substâncias mais comuns no mercado para agentes extintores:  Água;  Espuma (química e mecânica);  Gás Carbônico (CO2);  Pó Químico Seco (PQS);  Agentes Halogenados;  Agentes improvisados (areia, cobertor, tampa de vasilhame, etc).

5.16.1 Aparelhos Extintores Os aparelhos extintores são recipientes fabricados com dispositivo que possibilitam a aplicação do Agente Extintor sobre os focos de incêndio. Normalmente os Aparelhos Extintores recebem o nome do Agente Extintor que neles contém. Os Aparelhos Extintores, chamados de EXTINTORES DE INCÊNDIO, destinam-se ao combate imediato de pequenos focos de incêndio, aplicados rapidamente e de forma correta combatem e podem extinguir o fogo.

O sucesso no emprego dos EXTINTORES depende dos seguintes fatores: a) De uma distribuição planejada dos aparelhos pela área a proteger (PPCIP);  de manutenção adequada e periódica (troca da carga e testes no cilindro);  de pessoal habilitado no uso de aparelhos na extinção de incêndios (treinamento de Formação de Brigada de Incêndio de acordo com a NR-23);

Quanto ao tamanho, os extintores podem ser:  portáteis;  sobre rodas (carretas); Quanto o sistema de funcionamento eles podem ser:  químicos;  pressurizados (pressão interna);  pressurizáveis (pressão injetada).

OS EXTINTORES POR SI SÓ NÃO REALIZAM MILAGRES. Desde que fabricados e mantidos de acordo com as normas técnicas brasileiras, distribuídos de forma planejada e operados corretamente, funcionam de forma eficaz.

Os principais tipos de extintores são os seguintes: 1. Extintor H2O: água na forma líquida (jato ou neblina); 2. Extintor à base de Espuma: espuma mecânica; 3. Extintor de Gases e vapores inertes: gás carbônico (CO2), Nitrogênio, Vapor d´água; 4. Extintor Pó químico: bicarbonato de sódio.

5.16.2.1 Água Pressurizada 1. Capacidade: 10 a 75 litros; 2. Aplicação: incêndios de classe “A”; 3. Princípio de operação: pressão interna – CO2, N2 no próprio cilindro metálico, arrasta a água quando o gatilho é acionado; ALCANCE DO JATO: 12 a 14 metros; 4. Área aproximada de extinção: 1,5 a 2,0 metros quadrados; 5. Tempo de uso: 1 minuto.

5.16.2.2 Água Pressão Injetada 1. Capacidade: 10 litros; 2. Aplicação: incêndios de classe “A”; 3. Princípio de operação: ao ser aberto o cilindro auxiliar, O CO2 impulsiona a água quando o gatilho é acionado; 4. Alcance do jato: 15 a 18 metros; 5. Tempo de descarga: 1 minuto;

5.16.2.3 Espuma Mecânica 1. Capacidade: 10 litros; 2. Aplicação: incêndios de classe “A” e “B”; 3. Princípio de operação: pré-mistura passa pelo difusor, succionando ar para a formação de espuma; 1. Tipos: Pressurizados e pressão injetada; 2. Taxa de expansão: 1 x 8 – 80 litros de espuma; 3. Tempo de descarga: 1 minuto; 4. Área de extinção: aproximadamente 3 metros quadrados;

5.16.2.4 Pó Químico Seco 1. CAPACIDADE: 1,2, 4, 6,8, 12, 20 kg; 2. APLICAÇÃO: classes “B”, “C”; 3. TIPOS: pressurizados e pressão injetada; 4. PRINCÍPIOS DE OPERAÇÃO: pó expelido pelo gás contido no recipiente ou na ampola;

5.16.2.5 Gás Carbônico 1. CAPACIDADE: 2, 4, 6, kg; 2. APLICAÇÕES: classes “B” e “C”; 3. CARGA: C02 liquefeito sob pressão; 4. PRINCÍPIO DE OPERAÇÃO: C02 expelido pela própria pressão interna que exerce (870 lbs/pol2);

5.16.3 Quantidade De Extintores Nas ocupações ou locais de trabalho, a quantidade de extintores será determinada pelas condições seguintes, estabelecidas para uma unidade extintora: ÁREA COBERTA P/ UNIDADE DE EXTINTORES RISCO DE FOGO CLASSE DE OCUPAÇÃO * Segundo Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil – IRB (*) DISTÂNCIA MÁXIMA A SER PERCORRIDA 500 m² Pequeno “A” – 01 e 02 20 metros 250 m² Médio “B” – 02, 04, 05 ou 06 10 metros 150 m² Grande “C” – 07, 08, 09, 10, 11, 12 e 13 10 metros

5.16.4 Os extintores deverão ser colocados em locais: a) de fácil visualização; b) de fácil acesso; c) onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso.  Os locais destinados aos extintores devem identificados por um círculo vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas;  Deverá ser pintada de vermelho uma larga área do piso embaixo do extintor, a qual não poderá ser obstruída por forma nenhuma. Essa área deverá ser no mínimo de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro).

 Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60m (um metro e sessenta centímetros) acima do piso. Os baldes não deverão ter seus rebordos a menos de 0,60m (sessenta centímetros) nem a mais de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) acima do piso;  Os extintores não deverão ser localizados nas paredes das escadas;  Os extintores sobre rodas deverão ter garantido sempre o livre acesso a qualquer ponto de fábrica;  Os extintores não poderão ser encobertos por pilhas de materiais.

5.16.5 Mangueiras e Acessórios Mangueira para combate a incêndio industrial, destinada à edifícios comerciais, áreas industriais e corpo de bombeiros. Tecida em fibra de poliéster, revestida internamente com borracha sintética, por processo de vulcanização direta no tecido, e acopladas com uniões de engate rápido storz. Fabricadas conforme a norma ABNT NBR 11861 e certificadas com marca de conformidade ABNT, nas versões de 1.1/2” e 2.1/2” em lances de 15, 20, 25 e 30 metros.

Comprimento Por conveniência de transporte e manuseio as mangueiras de incêndio são utilizadas em comprimentos de 15 metros, sendo este o ideal para as mangueiras de dupla lona, 20 metros para mangueiras revestidas de borracha e 25 metros para as mangueiras de lona simples, com diâmetros de 38 milímetros ou 63 milímetros.

5.16.5.2 Acondicionamento As mangueiras de incêndio devem ser acondicionadas, visando os serviços de bombeiros, de quatro maneiras: ZIG-ZAG DEITADAZIG-ZAG EM PÉ MANGUEIRA ADUCHADA MANGUEIRA ESPIRAL EMPATAÇÃO ESGUICHO

5.16.5.3 Transporte e Manuseio Processo aduchada A aduchada deve ser transportada sobre o ombro (do lado direito para profissionais destros e do lado esquerdo para profissionais sinistros) ou sob o braço junto ao corpo. 1) Sobre o ombro: OBS: Empatação bem junto ao corpo. 2) Junto ao corpo: OBS: A empatação deverá ficar junto à mão e voltada para trás

5.16.5.4 Lançamento de mangueiras Lançar ou estender mangueiras de incêndio consiste em colocá-la em condições de trabalho na ocorrência. Você lança a mangueira aduchada e estende mangueira em espiral.

5.16.5.4.1 Para lançar mangueira aduchada: a) segurar com a mão direita a união que está por dentro, protegida pela última dobra, junto à união, contra o solo; b) Impulsionar com força para frente, de modo a imprimir movimento rotativo mantendo firme cada extremidade (com a mão e o pé), que a mangueira se desenrolará por completo; c) acoplar a união que estava mantida pelo pé, e de posse da outra extremidade, caminhar na direção em que deva ser estendida a mangueira.

5.16.5.4.2 Acoplamento de Mangueiras 1) Acoplamento de mangueira de incêndio por um brigadista, sobre o joelho: 2) Acoplamento de mangueiras por um brigadista usando os pés: 3) Acoplamento de mangueira por dois brigadistas: 4) Método para descarga de mangueiras:

5.16.5.34.3 Cuidados Com As Mangueiras 1. Conservação antes do uso:  As mangueiras novas devem ser retiradas das embalagens fornecidas pelo fabricante e armazenadas em local arejado livre de mofo e umidade, protegida do meio ambiente. 2. Conservação durante o uso:  As mangueiras não devem ser arrastadas sobre o piso, bordas cortantes de muros, caixilhos, etc., nem deve ficar em contato com o fogo, óleos, gasolina, ácidos ou outras substâncias. As superfícies aquecidas danificam as lonas das mangueiras de fibra sintética.

5.16.5.4.4 Conservação depois do uso  Ao serem recolhidas, após o uso, devem ser testadas hidraulicamente (isto é colocadas em um hidrante pressurizando-as com água para ver se não há furos), além de sofrerem severa inspeção visual, quanto ao estado da lona e das uniões.  Após as mangueiras aprovadas serão lavadas cuidadosamente com água pura e, se necessário, com sabão neutro.

 Escovas de fibras longas e macias são as mais indicadas para remover a sujeira e os resíduos do sabão impregnado;  O forro quando de borracha deve ser conservado com talco industrial, e as uniões lubrificadas com talco ou grafite, evitando-se o uso de óleo ou graxa.

5.16.6 Hidrantes Equipamento de segurança utilizado como fonte de água para auxiliar no combate de incêndios.

São aqueles utilizados nas empresas em instalações de proteção contra incêndios, embutido em paredes (ou encostados a elas), a cerca de um metro do piso, podendo ser disposto em abrigo especial, onde também se acham os lances de mangueiras, esguichos e chaves de mangueiras: Elementos que compõe o hidrante:  Reservatório, canalizações;  Registro, junta de união (engate rápido);  Caixa de mangueira;  Esguichos;  Chave de mangueira;

Esguicho regulável para jato sólido e neblina; Fabricado em latão, acabamento industrial polido, de acordo com a Norma ABNT NBR 14870. Pino defletor fabricado em latão forjado, permitindo o uso do equipamento em pressões mais elevadas.

Esguicho regulável para jato sólido, neblina e cone cheio, que proporcionam ao operador uma grande flexibilidade de ação. A vazão pode ser ajustada manualmente, durante a operação, sem a necessidade de interromper o fluxo. Fabricado em alumínio extrudado e reforçado por processo de anodização. Turbina de coroa dentada, para maior dispersão de jato de água e maior ângulo de cobertura, quando em cone. Dotado de válvula esfera para fechamento do jato. Estes esguichos atendem os requisitos da NFPA 1964. Equipamento certificado FM (Factory Mutual).

Esguicho Jato Sólido, para uso predial (risco leve), fabricado em latão com acabamento natural. Disponíveis nas versões 1.1/2” engate rápido Storz com requintes de 13 mm (1/2″) e 16 mm (5/8″) e 2.1/2” requintes 19 mm (3/4″) e 25 mm (1″).

Esguichos reguláveis, para utilização em canhões monitores e para lançamento de água ou espuma, sem aspiração de ar, com proporcionador incorporado, que permite a dosagem de 3% ou 6%. Projetados para trabalhar com vazão constante, em jato sólido ou neblina, com baixa perda de carga e pressão de operação. Fabricados em alumínio anodizado ou latão (sob consulta).

Fabricado em latão com acabamento natural. Instruções e posicionamento em alto relevo no bocal e munhão longo para facilitar o comando. Permite fechamento no bocal. Rosca de entrada 2.1/2″ NH (7,5 Fpp). Vazão de até 1.900 LPM (500 GPM).

Adaptadores 1.1/2”, confeccionados em latão fundido, sendo uma face storz (engate rápido) e a outra face rosca fêmea 9 Fpp (Rosca NH).

Chave Storz Chave para engate rápido Storz Ø 1.½” x 2.½”, projetada para engatar e desengatar conexões tipo storz. Fabricada em latão fundido.

Canhão Monitor fixo Canhão monitor flangeado de alta vazão. O equipamento pode atingir até 7.500 LPM (2.000 GPM) com água ou espuma, dependendo da pressão da rede de incêndio e do esguicho utilizado.

5.16.7 Equipamentos de Combate a Incêndio em Áreas com Inflamáveis e Combustíveis As especificações destes equipamentos é atribuição do Corpo de Bombeiros local, que normalmente já tem normas padronizadas a respeito. Conforme o tipo de edificação ou ocupação (destilaria ou refinaria, parques de tanques ou tanques isolados, plataforma de carregamento, armazéns de produtos acondicionados, etc) são previstos os correspondentes meios de combate a incêndio (extintores manuais, extintores sobre carretas, instalações fixas, semi-fixas, automáticas ou sob comando, hidrantes, etc).

Para cada um destes meios de combate a incêndio são feitas várias exigências como exemplo citaremos algumas para o sistema de proteção por hidrantes:  Os hidrantes devem ser distribuídos de tal forma que qualquer ponto da área protegida possa ser alcançado pelo jato d’água, considerando-se no máximo 30 metros de mangueira;  A canalização de alimentação dos hidrantes deverá ter diâmetro mínimo de 63 mm.

De uma maneira bem global, poderíamos dizer que em parques de armazenamento de inflamáveis em tanques são necessários as seguintes proteções:  Extintores manuais e de carreta para se combater pequenos princípios de incêndio;  Rede de hidrante adequada;  Sistema de proteção por espuma ou por linhas manuais ou por intermédio de Câmaras de Espuma.