Áreas classificadas são lugares nos quais existem chances de se formarem atmosferas explosivas. Atmosferas explosivas, por sua vez, surgem em ambientes onde se realizam atividades com substâncias inflamáveis, como poeira, fibra, gases, vapores, entre outros. Quando esses elementos se misturam com o ar, há riscos de explosões.
Em locais com atmosferas explosivas e áreas classificadas, são exigidos diversos procedimentos para a execução de trabalhos. Nesses casos, atividades como construção, instalação de maquinários ou mesmo o uso de equipamentos elétricos devem ser feitas levando em consideração esses riscos.
VEJA O QUE SÃO AS ÁREAS CLASSIFICADAS E SEUS GRAUS DE RISCOS:
O primeiro dado que o gestor da segurança do trabalho deve ter em mente é que há uma correlação entre as áreas classificadas e as atmosferas explosivas. Essa ligação entre as duas definições é a seguinte: onde houver áreas classificadas, também existirão eventuais atmosferas explosivas.
Por exemplo: o lugar onde fica um tanque que armazena álcool pode ser considerado uma área classificada, pois é um espaço potencialmente explosivo.
Quando uma área é classificada, sabe-se que o trabalho terá de ser feito com cuidados especiais para impedir a formação das atmosferas explosivas. Para fazer essa categorização e estabelecer quais serão essas medidas, as empresas providenciam estudos.
Assim, são realizadas análises completas sobre os níveis de perigo na área, conforme as inúmeras ameaças presentes nesse recinto.
Desse modo, cada fonte de ameaça receberá uma classificação diferente, de acordo com o grau do perigo que ela gera. Veja, a seguir, quais são os níveis das fontes de risco:
• grau de risco contínuo: são fontes que produzem ameaças de forma constante e por intervalos de tempo prolongados;
• grau de risco primário: trata-se de fontes de perigo que criam ameaças sazonais, isto é, periódicas, quando as circunstâncias de trabalho são consideradas normais;
• grau de risco secundário: são cenários nos quais as fontes de risco causam ameaças em contextos anômalos de trabalho, ou seja, em situações atípicas. Nesse caso, os perigos são gerados por tempo curto.
Em áreas classificadas nas quais existe o risco de criação de atmosferas explosivas também são feitas subdivisões por zonas. Essas zonas são definidas em conformidade com a duração, a natureza e a frequência desse perigo.
ZONEAMENTO DAS ÁREAS CLASSIFICADAS POR GASES E VAPORES:
• zona zero: onde acontece a mistura de inflamáveis de forma perene ou mesmo por períodos extensos;
• zona 1: lugares nos quais, ocasionalmente, pode haver a formação de atmosferas explosivas em contextos normais de atividades (regularmente, essa zona recebe a influência de fontes de riscos primários);
• zona 2: trata-se de um espaço onde a ameaça de surgir atmosferas explosivas aparece somente em conjunturas de trabalho anormais. Na maior parte dos casos, são riscos causados por fontes secundárias e em intervalos curtos de tempo.
O primeiro passo para a prevenção de problemas com atmosferas explosivas é a classificação dos espaços industriais, como já explicamos. Vale ressaltar que essa rotulagem é uma responsabilidade das empresas, que podem realizá-la diretamente ou de modo terceirizado.