PROCEDIMENTOS DE EVACUAÇÃO

  • Importante ressaltar a sinalização da rota de fuga e ponto de encontro. Todos os trabalhadores devem ter ciência dessas informações. Através de treinamentos e simulação de incêndio. 
  • As portas das empresas devem possuir sistema “corta – fogo” em suas rotas de fuga no qual tem a função de conter o calor oferecendo uma passagem segura as pessoas e aos bombeiros
  • Ao sair de um prédio em chamas feche sem trancar as portas que passar isso diminui a transmissão de calos entre os cômodos e o comburente do local em chamas.
  • É nossa obrigação moral ajudar os com dificuldade de locomoção como idosos, gestantes e crianças mas nunca banque o herói e exponha sua vida em risco!

PLANO DE EMERGÊNCIA CONTRA INCÊNDIO

Para a elaboração de um Plano de emergência contra incêndio é necessário realizar uma análise preliminar dos riscos de incêndio, buscando identificá-los, relacioná-los e representá-los em Planta de risco de incêndio.

Conforme o nível dos riscos de incêndio existentes, o levantamento prévio e o plano de emergência devem ser elaborados por engenheiros, técnicos ou especialistas em gerenciamento de emergências. O profissional habilitado deve realizar uma análise dos riscos da edificação com o objetivo de minimizar e/ou eliminar todos os riscos existentes. O Plano de emergência contra incêndio deve contemplar, no mínimo, as informações detalhadas da edificação e os procedimentos básicos de emergência em caso de incêndio.

As informações da edificação devem contemplar os seguintes aspectos:

  • localização (urbana, rural, características da vizinhança, distâncias de outras edificações e/ou riscos, distância da unidade do Corpo de Bombeiros, existência de Plano de Auxilio Mutuo – PAM);
  • construção (alvenaria, concreto, metálica, madeira etc);
  • ocupação (industrial, comercial, residencial, escolar etc);
  • população total e por setor, área e andar (fixa, flutuante, características, cultura etc);
  • característica de funcionamento (horários e turnos de trabalho e os dias e horários fora do expediente);
  • pessoas portadoras de necessidades especiais;
  • riscos específicos inerentes à atividade;
  • recursos humanos (brigada de incêndio, brigadas profissionais, grupos de apoio etc) e materiais existentes (saídas de emergência, sistema de hidrantes, chuveiros automáticos, sistema de detecção de incêndio, sistema de espuma mecânica e de resfriamento, escadas pressurizadas, grupo motogerador etc).

Os procedimentos básicos de emergência em caso de incêndio devem contemplar os seguintes aspectos:

Alerta: identificada uma situação de emergência qualquer pessoa pode, pelos meios de comunicação disponíveis ou sistema de alarme, alertar os ocupantes, os brigadistas, os bombeiros profissionais civis e o apoio externo. Este alerta pode ser executado automaticamente em edificações que possuem sistema de detecção de incêndio.

Análise da situação: após o alerta, deve ser analisada a situação, desde o início até o final da emergência, e desencadeados os procedimentos necessários, que podem ser priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo com os recursos materiais e humanos disponíveis no local.

Apoio externo: o Corpo de Bombeiros e/ou outros órgãos locais devem ser acionados de imediato, preferencialmente por um brigadista, que deve informar:

  • nome do solicitante e o número do telefone utilizado;
  • endereço completo, pontos de referência e/ou acessos;
  • características da emergência, local ou pavimento e eventuais vítimas e suas condições.

Primeiros socorros: prestar os primeiros socorros às possíveis vítimas, mantendo ou estabelecendo suas funções vitais, até que se obtenha o socorro especializado.

Eliminar os riscos: por meio do corte das fontes de energia (elétrica etc.) e do fechamento das válvulas das tubulações (GLP, oxiacetileno, gases, produtos perigosos etc), quando possível e necessário, da área sinistrada atingida ou geral.

Abandono de área: proceder ao abandono da área parcial ou total, quando necessário, conforme comunicação preestabelecida, conduzindo a população fixa e flutuante para o ponto de encontro, ali permanecendo até a definição final da emergência. O plano deve contemplar ações de abandono para portadores de deficiência física permanente ou temporária, bem como às pessoas que necessitem de auxílio (idosos, gestantes etc).

Isolamento da área: isolar fisicamente a área sinistrada, de modo a garantir os trabalhos de emergência e evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao local.

Confinamento do incêndio: confinar o incêndio de modo a evitar a sua propagação e consequências.

Combate ao incêndio: proceder ao combate, quando possível, até a extinção do incêndio, restabelecendo a normalidade.

Investigação: levantar as possíveis causas do sinistro e os demais procedimentos adotados, com o objetivo de propor medidas preventivas e corretivas para evitar a sua repetição.

Divulgação e Treinamento do Plano de Emergência contra Incêndio

O Plano de Emergência contra Incêndio deve ser amplamente divulgado aos ocupantes da edificação, de forma a garantir que todos tenham conhecimento dos procedimentos a serem executados em caso de emergência. Sugere-se que os visitantes sejam informados sobre o Plano de Emergência contra Incêndio da edificação por meio de panfletos, vídeos e/ou palestras. O plano de emergência contra incêndio deve fazer parte dos treinamentos de formação, treinamentos periódicos e reuniões ordinárias dos membros da brigada de incêndio, dos brigadistas profissionais, do grupo de apoio etc.

Exercícios simulados

Devem ser realizados exercícios simulados de abandono de área, parciais e completos, na edificação, com a participação de todos os ocupantes, sendo recomendada uma periodicidade máxima de um ano para simulados completos.

Imediatamente após o simulado, deve ser realizada uma reunião extraordinária para avaliação e correção das falhas ocorridas, com a elaboração de ata na qual constem:

  • data e horário do evento;
  • tempo gasto no abandono;
  • tempo gasto no retorno;
  • atuação dos profissionais envolvidos;
  • comportamento da população;
  • participação do Corpo de Bombeiros e tempo gasto para a sua chegada;
  • ajuda externa (por exemplo: PAM – Plano de Auxílio Mútuo etc.);
  • falha de equipamentos;
  • falhas operacionais;
  • demais problemas levantados na reunião.